Portugal afasta Serviço Militar Obrigatório
É um tema que regressa à agenda do dia de tempos a tempos. Com o regresso do Serviço Militar Obrigatório (SMO) na Suécia e com Emanuel Macron, favorito nas eleições francesas, a colocar essa hipótese em cima da mesa, Portugal mantém para já esta ideia afastada.
Segundo o Diário de Noticias, tanto as Forças Armadas como o poder político afastam para já esta opção. Em Portugal a falta de efectivos não se deve ao desinteresse, mas sim aos cortes implementados nos anos de resgate. O Secretário de Estado da Defesa diz ao DN que 2016 registou a “maior incorporação dos últimos seis anos”. O ano passado candidataram-se 11900 candidatos, tendo entrado 3900.
Critico do fim do Serviço Militar Obrigatório, o General Loureiro dos Santos, citado pelo DN é favorável ao regresso desta ferramenta, não devido à falta de efectivos, mas para criar uma escola de valores. “Devíamos regressar a esse tempo, porque quatro meses já é tempo suficiente”, defendendo que o SMO ensina a “ser pontuais, a falar verdade… a fazer o que faz parte do comportamento normal do cidadão”.
Da parte dos partidos, o regresso deste modelo é totalmente recusado. O PS defende que o actual sistema “está longe de estar esgotado”, enquanto o CDS defende que o Serviço Militar Obrigatória devia ser revisto, considerando que dentro de tempos deverá ser implementado um “sistema misto, devido à falta de efectivos”.
Descomplicador:
O Diário de Noticias ouviu um conjunto de responsáveis pelo sector da Defesa e para já o regresso do Serviço Militar Obrigatório está colocado de parte em Portugal.